Dormir pouco aumenta risco de doenças cardiovasculares em mulheres

Dormir pouco, menos de sete horas por noite, pode aumentar o risco desenvolver doenças cardiovasculares em mulheres, de acordo com um estudo publicado recentemente na revista Circulation. Os achados mostraram que o sono insuficiente pode estar associado a maiores chances de ter AVC (acidente vascular cerebral) e infarto do miocárdio.

Para chegar a essa conclusão, o estudo avaliou o hábito de sono e os dados de saúde de 2.964 mulheres entre 42 e 54 anos de idade. As participantes estavam na pré-menopausa e não passavam por terapia hormonal e não apresentavam doenças cardíacas. No total, o estudo durou 22 anos.

Ao longo da pesquisa, as participantes responderam questionários sobre seus hábitos de sono, incluindo se tinham sintomas de insônia, e sobre saúde mental e sintomas relacionados à menopausa, como ondas de calor. Além disso, os formulários também continham perguntas sobre medidas como altura e peso, além de condições cardíacas, como infarto, AVC e insuficiência cardíaca.

De acordo com o estudo, uma em cada quatro mulheres apresentavam sintomas de insônia, como dificuldade para dormir, de manter o sono (acordavam várias vezes durante a noite) e de dormir até mais tarde. 14% delas frequentemente lidavam com a curta duração do sono e cerca de 7% relataram sintomas habituais de insônia.

Segundo os pesquisadores, as participantes que apresentavam esses sintomas apresentavam riscos elevados de desenvolver doenças cardiovasculares mais tarde na vida. Além disso, aquelas que dormiam frequentemente menos de cinco horas por noite apresentavam um risco ainda mais alto de desenvolver essas doenças.

De acordo com a pesquisa, os riscos eram 75% maiores em comparação a quem não tinha sintomas intensos de insônia e dormiam mais horas por noite.

Novo estudo sugere que não é a luz azul dos aparelhos eletrônicos que afeta o sono, mas a luz de comprimento de onda curto, que é percebida como azul

O "modo noturno" é um recurso disponível na maioria dos smartphones disponíveis atualmente que ajusta automaticamente as cores da tela para a extremidade mais quente do espectro. Esse modo não apenas torna a tela mais agradável aos olhos como promete não comprometer o sono, já que tira a luz azul emitida pelo celular e por outros dispositivos eletrônicos.

Mas a luz azul realmente afeta nosso sono? Pesquisadores da Universidade de Basileia, na Suíça, e da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, sugerem que não. Em um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Human Behavior, eles afirmam que a cor da luz pode não afetar significativamente o relógio interno humano e a qualidade do sono, contradizendo pesquisas anteriores.

A visão é um processo complexo que envolve os fotorreceptores da retina (cones e bastonetes) que convertem a luz em impulsos elétricos para o cérebro processar como imagens. Enquanto os cones facilitam a visão nítida e colorida com luz suficiente, os bastonetes ajudam a ver tons de cinza com pouca luz. Além disso, células ganglionares especializadas na retina, que reagem fortemente à luz de comprimento de onda curto (cerca de 490 nanometros percebidos como azuis), são cruciais na regulação do nosso ritmo sono-vigília.

“No entanto, as células ganglionares sensíveis à luz também recebem informações dos cones. Isto levanta a questão de saber se os cones e, portanto, a cor da luz, também influenciam o relógio interno. Afinal, as mudanças mais marcantes no brilho e na cor da luz ocorrem ao nascer e ao pôr do sol, marcando o início e o fim do dia.”, afirma a primeira autora do estudo, Christine Blume, do Centro de Cronobiologia da Universidade de Basileia, em comunicado.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores expuseram 16 voluntários a estímulos de luz azul, amarela e branca, garantindo a mesma estimulação das células ganglionares sensíveis à luz em todas as condições. Quaisquer diferenças no efeito da luz foram atribuídas à estimulação dos cones e à cor da luz. “Este método de estimulação luminosa permite-nos separar as propriedades da luz que podem desempenhar um papel na forma como a luz afeta os humanos de uma forma experimental limpa”, diz Manuel Spitschan, professor de cronobiologia e saúde na Universidade Técnica de Munique, em comunicado.

Os pesquisadores avaliaram mudanças no relógio interno, início do sono, profundidade do sono, cansaço e capacidade de reação dos participantes sob diferentes condições de luz. Os resultados mostraram que a variação da cor da luz não afetou significativamente o relógio interno ou o sono. Já as células ganglionares sensíveis à luz, sim. Esta descoberta contrasta com estudos em ratos que mostraram um efeito prejudicial da luz azul no sono e apoia outras pesquisas que enfatizam a importância das células ganglionares sensíveis à luz nos ritmos circadianos humanos.

“Nossas descobertas mostram que é provavelmente mais importante levar em conta o efeito da luz nas células ganglionares sensíveis à luz ao planejar e projetar a iluminação. Os cones e, portanto, a cor desempenham um papel muito subordinado”, observa Spitschan.

Nesse caso, o modo noturno do celular ainda funciona? De acordo com os pesquisadores, que também abordaram essa questão em seu estudo, sim. Mas não por que muda a cor da luz. Além de deixar a tela do dispositivo com uma cor mais amarelada, o modo noturno também reduz a luz de comprimento de onda curto, que é justamente o que afeta as células ganglionares e influencia o sono.

No entanto, os pesquisadores afirmam que é possível reduzir as proporções de comprimentos de onda curtos sem alterar as cores do display. Porém isso ainda não foi implementado em celulares comercias.

A equipe ressalta que os resultados do estudo são preliminares e que são necessárias mais pesquisas para determinar se a cor da luz afeta o sono sob diferentes condições, como exposição prolongada e horários diferentes.

 

Qual a diferença entre cansaço, estafa, desânimo, sono e preguiça? 

Todas essas condições afetam a disposição e a capacidade de realizar tarefas, e muitas vezes resultam em uma diminuição da produtividade. No entanto, cada uma possui suas particularidades. Cada um desses estados pode ser influenciado por condições de saúde como estresse crônico, distúrbios do sono, depressão, ansiedade ou outros problemas médicos. Nesses casos, o alívio acontece com o repouso apropriado, através do descanso físico ou mental, sono adequado ou mesmo medidas de auto trato e autocuidado. Outra semelhança é que, quando prolongados ou crônicos, esses estados podem impactar negativamente a qualidade de vida e o bem-estar geral de uma pessoa. Mas é necessário entender que podem coexistir, ou seja: não ocorrem de forma isolada. A estafa pode resultar em cansaço, desânimo e falta de motivação. A falta de sono adequado pode levar à fadiga e preguiça, e por aí vai. Dito isso, entenda do que se trata cada uma dessas condições:

O que é cansaço

O cansaço costuma ser causado por um esforço físico ou mental intenso. A pessoa se sente fisicamente e mentalmente exausta, com uma sensação de esgotamento. Geralmente, pode ser aliviado com descanso adequado, permitindo que o corpo e a mente se recuperem. Esse estado pode ser considerado como uma resposta normal do corpo a esforços.

O que é estafa

Por sua vez, a estafa é um nível mais avançado de cansaço, muitas vezes referindo-se a um esgotamento mais profundo. Estafa pode ser causada por um excesso prolongado de trabalho, estresse crônico ou sobrecarga emocional, e ainda pode exigir mais tempo para se recuperar em comparação com o cansaço comum. Quando alguém está com estafa, a sensação é de esgotamento profundo, acompanhada de uma perda significativa de energia e motivação. Pessoas estafadas podem ter dificuldades de concentração e podem apresentar sintomas de ansiedade e depressão.

O que é desânimo

Já o desânimo se caracteriza pela falta de motivação e energia para realizar tarefas, e tem relação direta com fatores emocionais, como depressão, ansiedade, estresse prolongado ou desesperança. A pessoa desanimada se sente desmotivada, apática e sem entusiasmo. Essas pessoas também tendem a evitar tarefas ou desafios, e ainda apresentam sobrecarga mesmo com tarefas simples. Superar o desânimo frequentemente requer abordagens psicológicas, como apoio emocional, terapia, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, até medicação sob a orientação de um profissional de saúde mental.

O que é sono

Enquanto isso, o sono é um estado natural e cíclico de descanso do corpo e da mente, caracterizado por uma diminuição da atividade consciente e da resposta aos estímulos do ambiente. Passa por diferentes estágios, incluindo o sono REM (movimento rápido dos olhos) e o sono não-REM. O sono desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde, no funcionamento cognitivo, no equilíbrio emocional e na regeneração do corpo. Anteriormente, estudos já revelaram por que sonhamos quando dormimos e trouxeram à tona mitos e verdades sobre o sono.

O que é preguiça

A preguiça também é um estado emocional que se caracteriza pela falta de vontade de fazer algo, muitas vezes devido a uma resistência a realizar tarefas que exigem esforço

Diferença entre cansaço, estafa, desânimo, sono e preguiça

Então, para resumir a diferença entre cansaço, estafa, desânimo, sono e preguiça: enquanto o cansaço refere-se à fadiga física ou mental após esforço, a estafa é um nível avançado de exaustão devido ao excesso prolongado de trabalho ou estresse, o desânimo é a falta de motivação e energia e sono é um estado fisiológico de descanso. Por fim, a preguiça é a falta de vontade de fazer algo.

Fonte:https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2023/jan/29/sleeping-late-isnt-a-sign-of-laziness-stop-the-circadian-rhythm-shaming 

Qual é a melhor hora para dormir? Harvard definiu o momento ideal para o sono saudável

Cansaço extremo, pouca produtividade e problemas de saúde são algumas das consequências que a falta de sono pode trazer. Acontece que dormir é um hábito um tanto subestimado e que grande parte da população perde por causa das tarefas de trabalho, planos com amigos e vida em família. Diante desse contexto que impede as pessoas de terem uma rotina de sono e desfrutarem de seus benefícios, vale a pena perguntar: Existe um horário ideal para deitar e promover um sono de qualidade e uma boa saúde?

Um estudo publicado pela revista científica European Heart Journal-Digital Health e pela Universidade de Harvard revelou que as pessoas que vão dormir entre as 22 e as 23 horas dormem melhor e podem ter menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas do que aquelas que o fazem mais cedo ou mais tarde. Essa pesquisa envolveu mais de 88 mil indivíduos entre 45 e 79 anos, cujo sono foi monitorado por uma semana por meio de dispositivos colocados em seus pulsos. Os participantes também responderam a perguntas relacionadas ao estilo de vida e hábitos. Os pesquisadores então acompanharam possíveis problemas cardiovasculares e ataques cardíacos nesses mesmos voluntários por um período de cinco anos e meio.

Foi constatado que, ao contrário dos que adormeciam entre as 22 e 23 da noite, aqueles que o faziam à meia-noite poderiam ter até 25% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, e aqueles que iniciavam o sono antes desse horário, 24%. Os autores mostraram que deitar-se em horários não convencionais altera o ritmo circadiano, essencial para regular as funções vitais do organismo.

— Existe uma relação entre o ritmo circadiano e a liberação do hormônio melatonina, que é responsável por induzir o sono: se você for para a cama mais cedo do que o intervalo recomendado, terá mais dificuldade em adormecer porque a melatonina ainda não está completamente secretada — disse Alejandro Andersson, médico neurologista e diretor do Instituto de Neurologia de Buenos Aires. Em contraste, ele acrescentou que "quanto mais tarde você adormecer, maiores serão as chances de aumentar a privação do sono e de ficar mais predisposto a desenvolver problemas colaterais".

Outras variáveis a serem consideradas

No entanto, além do exposto na pesquisa, há alguns fatores adicionais que também desempenham um papel no que diz respeito à hora ideal de ir para a cama. Segundo Andersson, "embora o pico máximo de secreção de melatonina esteja entre as dez e onze da noite, a produção pode variar de acordo com cada pessoa". Especialista em medicina do sono e do trabalho e diretor do Instituto Ferrero de Neurologia e Sono, Pablo Ferrero explica que a hora perfeita é relativa ao cronotipo de cada pessoa: a biologia, estilo de vida e atividades.

Michael Breus, um psicólogo especializado em sono, propôs uma nova divisão baseada em animais, que se baseia no conceito dos ritmos circadianos de cada pessoa — diz. — Os ursos são aqueles que têm o pico mais alto de melatonina entre as dez e onze da noite e precisam dormir oito horas; os lobos vão dormir tarde e têm dificuldade em acordar cedo; os leões adormecem tarde e se levantam ao amanhecer; os golfinhos não têm uma rotina de sono definida.

De acordo com um relatório da Fundação do Sono dos Estados Unidos, não existe uma regra única que se aplique a todas as pessoas da mesma forma, mas sim "para determinar qual é o momento certo para ir dormir, é preciso levar em consideração fatores como idade, localização geográfica, estilo de vida, obrigações e preferências pessoais".

Nesse sentido, Ferrero considera que "não é o mesmo para aqueles que vivem em países nórdicos, onde escurece cedo e, portanto, a melatonina será secretada antes, do que para nós, que temos luz por mais tempo e somos mais notívagos".

O importante é estabelecer uma rotina em que você se deite e acorde na mesma hora, sem a necessidade de usar o despertador, ou então, uma boa alternativa é configurá-lo para dormir — afirma Rosana Gogorza, médica neurologista especializada em bem-estar e qualidade de vida. Nesse sentido, a especialista recomenda estabelecer horários de acordo com as atividades pessoais e, em adultos saudáveis, priorizar o sono de sete a nove horas por noite.

Além disso, outro relatório da Fundação do Sono norte-americana enfatiza que a chave é sempre adormecer e acordar à mesma hora, mesmo nos fins de semana e nos dias livres: "Geralmente é mais saudável estar acordado durante os momentos de luz natural e dormir nos períodos de escuridão". No entanto, como às vezes é insustentável manter um hábito de forma perfeita, Gogorza recomenda aplicar o método 90/10, que propõe "ter 90% do tempo boas práticas relacionadas ao descanso e 10% de margem para abrir mão um pouco sempre que necessário, por exemplo, quando se tem um compromisso".

Recomendações adicionais

Assim como ser consistente com os horários de descanso ajuda a garantir um sono de qualidade e desfrutar de boa saúde, Gogorza menciona que há outros aspectos a serem considerados para melhorar ainda mais esse momento.  Para dormir bem, também precisamos ter elementos adequados e confortáveis: travesseiros, lençóis e colchões . A médica sugere que a roupa de cama seja macia e leve, com um aroma agradável e trocada todas as semanas. Além disso, ela recomenda dormir em um ambiente escuro e sem nenhuma fonte de luz que possa interferir na secreção de melatonina.

Dormir é um pilar fundamental. Um momento que libera o estresse acumulado durante o dia, repara os tecidos do corpo e consolida a memória. Embora seja difícil manter uma rotina rígida de ir para a cama e acordar na mesma hora todos os dias, fazer isso ao longo do tempo tende a proporcionar maiores benefícios e melhor regulação ao ciclo circadiano.

 

 

Dormir pouco pode reduzir efeito de vacinas - mar 23

Imunização em pessoas que descansam menos de seis horas por dia gera uma resposta de anticorpos menor do que o esperado

A má qualidade do sono já foi associada a doenças cardiovasculares, metabólicas e neurológicas. Agora, ao revisar dados de estudos anteriores, uma equipe da Universidade de Chicago e do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) descobriu que dormir pouco reduz a eficácia de vacinas. O artigo, publicado na revista Current Biology, mostrou que pessoas que tiveram menos de seis horas de repouso por noite nos dias que antecederam a imunização apresentaram uma resposta reduzida de anticorpos.

O trabalho tem como base um estudo de 2002 realizado por integrantes da equipe. Eles mostraram que restringir o sono nos participantes diminui a contagem de anticorpos contra influenza pela metade, comparado ao grupo de controle, 10 dias após a inoculação. O interesse pela pesquisa foi reavivado durante os bloqueios da pandemia de covid-19, quando os cientistas passaram a se conectar com outros pesquisadores que estudaram a questão. Assim, começaram a reunir dados para a meta-análise.

Em sete estudos que examinaram o impacto da duração do sono na vacinação contra doenças virais, como influenza e hepatite, os pesquisadores descobriram que o descanso noturno insuficiente — definido como menos de seis horas — nos dias que antecedem a vacinação resulta em uma diminuição da resposta de anticorpos . "O sono insuficiente é um fator comportamental que pode ser corrigido antes da vacinação e não apenas fortalecer, mas também estender a resposta à vacina", disse Eve Van Cauter, professora emérita de medicina na UChicago e autora sênior da meta-análise.

A cientista enfatiza que é sabido que as pessoas respondem de maneira diferente a imunizações conforme a idade, o sexo, as condições médicas existentes e outros fatores de difícil modificação. "Ter um comportamento facilmente modificável que se pode ajustar na hora da consulta oferece algo que você pode controlar e que, provavelmente, melhorará a resposta do seu corpo", afirma Cauter.

A associação foi observada apenas em estudos que avaliaram objetivamente a duração do sono usando rastreadores de atividade vestíveis ou estudos em laboratório. A duração do repouso autorreferida não foi um preditor de resposta à vacina, o que pode indicar falhas no relato dos participantes, ponderam os autores.

Os pesquisadores também observaram que, embora a associação fosse forte para os homens, era mais fraca e não estatisticamente significativa para as mulheres. Eles argumentam que isso, provavelmente, se deve ao fato de que nenhum dos estudos em participantes do sexo feminino considerou as variações nos níveis de hormônios sexuais por ciclo menstrual, o uso de contraceptivos e o estado da menopausa.

"A ligação entre o sono e a eficácia da vacina pode ser uma grande preocupação para pessoas com horários de trabalho irregulares, especialmente para trabalhadores em turnos que normalmente têm duração reduzida do sono", disse Van Cauter. "Isso é algo que as pessoas devem considerar planejar para garantir que estejam dormindo o suficiente na semana anterior e posterior às vacinas."

 


 

Pesquisa mostra que quem dorme menos que o necessário tende a comer mais - mar 2023

Noites de sono insuficientes podem prejudicar a adesão a exercícios físicos e dificultar a perda de peso. Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), acompanharam 125 adultos de meia idade durante um ano, num programa de condicionamento físico para ajudar na perda de peso, com dieta com restrição calórica e aumento nos exercícios diários. O resultado, publicado pelo jornal britânico Daily Mail, indicou que os participantes que dormiam o suficiente eram mais propensos a seguir o plano, comer menos e se exercitar mais.

Mas a pesquisa mostrou ainda evidências de que quem dorme menos do que 7 horas por dia tem mais vontade de comer lanches gordurosos, salgadinhos e produtos açucarados, em vez de alimentos integrais.

Dormir as horas necessárias ajuda a manter a concentração, reduzir o estresse, melhora o humor e a sociabilidade e ajuda na manutenção do peso.

 Os principais riscos à saúde causados pela falta de horas de sono:

1- Ganhar peso e desenvolver obesidade

2- Falta de controle do açúcar no sangue pela insulina e pode ocasionar diabetes tipo 2.

3- Aumenta os riscos de calcificação da artéria coronária, hipertensão e irregularidade nos batimentos cardíacos.

4- Alterações imunológicas, como aumento nos níveis de mediadores inflamatórios

5- Desenvolver sintomas de resfriado com frequência.

6- Maior susceptibilidade à depressão

 


 

Sono irregular aumenta o risco de aterosclerose e doença cardiovascular - fev 2023

A qualidade do sono é medida não somente pelo número de horas e quantidade de interrupções, como também leva em conta a variação do horário em que se vai para a cama: regularidade é a chave, ou seja, o ideal é dormir sempre no mesmo horário e não muito tarde.

Estudo recente da Vanderbilt University, em Nashville, Tenn, acompanhou 2.032 participantes com idade média de 69 anos, de regiões e etnias diferentes. Entre 2010 e 2013, todos usaram um dispositivo no pulso que detectava se estavam acordados ou dormindo. Também faziam um diário do sono durante sete dias consecutivos e se submetiam a polissonografias, exame que mapeia distúrbios como a apneia noturna.

Os indivíduos com padrão de sono irregular eram os que apresentavam, com maior frequência, um quadro de depósito de cálcio nas artérias coronárias e de placas obstrutivas nas carótidas. Os cientistas constataram uma condição de aterosclerose sistêmica. Além de estreitarem as artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e o transporte de oxigênio e nutrientes para o organismo, as placas podem se romper e criar coágulos que vão bloquear os vasos, provocando um infarto ou acidente vascular.

Para a epidemiologista Kelsie Full, professora da faculdade de medicina da universidade e principal autora do trabalho, a qualidade do sono tem que ganhar prioridade em consultórios e ambulatórios. “Quase todas as funções cardiovasculares, incluindo batimentos cardíacos, pressão arterial, tônus vascular e as funções das células endoteliais (que permitem a conexão entre componentes da circulação e sistemas do organismo), são reguladas pelos genes do relógio biológico. Disrupções do ritmo circadiano podem resultar num quadro de inflamação crônica”, relatou a equipe, que contava ainda com pesquisadores de Harvard, Mount Sinai, Johns Hopkins e Universidade da Califórnia, campus San Diego.

Um sono fragmentado e de curta duração – o ideal seria entre sete e nove horas – está diretamente relacionado com o surgimento de doença cardiovascular, hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2. A American Heart Association incluiu o sono entre as oito recomendações para garantir a saúde do coração. As outras sete são: alimentação saudável, atividade física, não fumar, controlar peso, colesterol, pressão arterial e nível de glicose.

 


Pesquisa feita pela Universidade de Saúde Pública de Columbia afirma que um mau sono está relacionado a fatores de risco clínico, psicológico e doenças cardíacas - out 2022

Pesquisadores da Universidade de Saúde Pública de Columbia, nos Estados Unidos, comprovaram que uma boa noite de sono é essencial para manter o coração saudável. A American Heart Association adicionou a duração do sono à sua lista de verificação de saúde cardiovascular, chamada de “Life's Essential 8” (Os oito essenciais da vida, em tradução livre). São eles: Parar de fumar, comer melhor, ficar ativo, controlar o peso, controlar a pressão arterial, controlar o colesterol, reduzir o açúcar no sangue e, mais recentemente, ter um sono saudável.

Os cientistas analisaram o sono de dois mil adultos de 50 anos ou mais, os participantes responderam uma pesquisa detalhada sobre o sono de cada um e usaram um dispositivo para medição do sono por sete dias. Segundo os resultados, os maus hábitos noturnos são “onipresentes” entre todos os americanos. Cerca de 65% dos participantes dormiam menos de sete horas por noite e 30% dormiam menos de seis horas. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), a duração ideal do sono para um adulto é entre sete e nove horas por noite.

A pesquisa apontou ainda que as pessoas que dormiam menos de sete horas por noite tinham maior chance de ter uma “baixa eficiência do sono”, padrões irregulares, sonolência diurna excessiva e apneia do sono — este último aliás, quase metade dos participantes do estudo tinham apneia do sono de moderada a grave. Mais de um terço relatou sintomas de insônia e 14% relataram sonolência diurna excessiva. Esse grupo ainda teve maior prevalência de fatores de rico para doenças cardiovasculares, como obesidade, diabetes tipo 2 e pressão alta.

“O sono ruim também está ligado a outros comportamentos de saúde ruins. Em poucas palavras, o sono está relacionado a fatores de risco clínicos ou psicológicos e relacionados ao estilo de vida para doenças cardíacas. Portanto, não é surpresa que o sono ruim aumente o risco futuro de doenças cardíacas”, disse Nour Makarem, autor do estudo e professor assistente de epidemiologia na Universidade de Columbia

A equipe espera realizar outros estudos que ajudem a fornecer evidências adicionais de uma conexão entre uma saúde saudável e o bom sono.

 

 


Dormir durante um voo

Planejar uma viagem para um lugar distante é emocionante, mas para chegar ao destino dos seus sonhos, talvez seja necessário fazer um voo de longo curso. Para chegar revigorado e pronto para explorar, você vai querer dormir (pelo menos algumas horas) no avião, mas isso pode ser complicado até mesmo para viajantes experientes. Vizinhos barulhentos, turbulência rochosa, bebês chorando - embora sejam uma distração, essas coisas estão simplesmente fora de seu controle, então concentre-se no que você pode fazer para tornar seu vôo mais confortável. Como uma passageira frequente que leva seu horário de sono muito a sério, eu adquiri algumas dicas e truques que uso em todos os voos de longo curso. Aqui estão nossas principais dicas sobre como dormir em um avião. 

1. Esbanje na primeira classe (ou econômica premium). Os assentos retos da primeira classe são ideais para uma soneca durante o vôo, graças ao amplo espaço e privacidade, mas existem maneiras de garantir que sua viagem seja confortável sem gastar muito com uma passagem cara. A classe econômica premium pode ser um grande compromisso, com espaço extra para as pernas, mais espaço para reclinar e assentos ainda mais largos (dependendo da companhia aérea), tudo por menos do que o preço de um assento executivo ou de primeira classe.

2. Escolha bem o seu assento na cabine principal. Se você preferir economizar dinheiro e ficar na cabine principal, escolha seu assento estrategicamente. Alguns pilotos preferem assentos na janela, então eles têm algo para se apoiar enquanto tiram um olho, enquanto assentos localizados mais longe da cozinha ou banheiros são ideais se você quiser evitar qualquer comoção de pessoas que passam durante o vôo. Os assentos de antepara têm espaço extra para esticar as pernas, uma vez que não há ninguém diretamente na sua frente, mas às vezes estão perto dos banheiros e cozinhas, o que pode ser uma distração.

 3. Considere o tempo do voo. Se você está planejando um voo de longo curso que cruza vários fusos horários, deverá manter algumas coisas em mente. Os viajantes dedicados podem tentar ajustar seus horários de sono dias antes do voo para acomodar melhor o fuso horário de seu destino, mas há algumas coisas que você pode fazer que não interferem em sua vida diária antes da viagem. Ao escolher um voo, considere os horários que melhor se adaptam ao seu horário normal de sono. Por exemplo, se você estiver voando dos EUA para a Europa e tiver opções para voos noturnos partindo às 19h00 ou 23h, escolha o horário mais próximo de quando você normalmente adormeceria.

 4. E voe direto sempre que possível. Para maximizar seu tempo de sono, escolha voos diretos sempre que puder. Se você escolher dois voos de quatro horas, poderá dormir algumas horas no total, mas se optar por um voo de oito horas, poderá se acomodar e ficar confortável por várias horas, sentindo-se muito mais atualizado quando você chegar ao seu destino. Além disso, você não terá que se preocupar em fazer voos de conexão quando for direto.

 5. Pule o café. Evite beber bebidas com cafeína pouco antes do voo e peça conselho ao seu médico se você estiver pensando em tomar algum remédio para dormir ou suplementos para ajudá-lo a adormecer. Se certos alimentos ou álcool tornam difícil para você dormir normalmente, você também deve rejeitá-los antes e durante o voo. E não se esqueça de se manter hidratado.

 6. Não economize no conforto. Claro, travesseiros de pescoço, fones de ouvido com cancelamento de ruído e máscaras para os olhos podem ocupar um pouco mais de espaço na sua bagagem de mão, mas você ficará feliz se os embalou assim que as luzes se apagarem e você ainda tiver horas antes de chegar ao seu destino. Invista em uma máscara de dormir confortável que bloqueie a luz e em um travesseiro de pescoço que apoie sua cabeça. Embora os anéis de pescoço em forma de ferradura sejam mais comuns, existem toneladas de opções inovadoras que atendem a diferentes necessidades. E fones de ouvido de alta qualidade com cancelamento de ruído bloquearão os vizinhos barulhentos e o ruído branco do avião.

 7. Vista-se para a ocasião. Todos nós queremos parecer jet-setters glamorosos ao chegar ao nosso destino final, mas este é um momento em que você pode querer colocar conforto em vez de estilo. Uma roupa de viagem confortável é obrigatória e certifique-se de usar camadas. Os aviões podem variar de tostados a totalmente congelantes, portanto, vista um casaco de lã ou suéter para se manter aquecido e aconchegante durante o voo.

 8. Escolha uma máscara confortável. Há mais uma coisa que você não pode voar sem nos dias de hoje: uma cobertura facial aprovada. Se você for fazer um voo de longo curso, convém trazer uma máscara facial que seja confortável durante toda a viagem. Nós até mesmo reunimos nossas principais opções para as máscaras faciais mais confortáveis ​​para viagens.

9. E mantenha-a em seu rosto. Certifique-se de que sua cobertura facial esteja colocada e segura antes de cochilar, para que os comissários de bordo não tenham que acordá-lo para pedir que ajuste.

 10. Aperte o cinto. Se você usar o cobertor do avião ou trazer o seu próprio, certifique-se de colocar o cinto de segurança sobre ele, para que os comissários de bordo saibam que você está afivelado e não terão que incomodá-lo em caso de turbulência. 

11. Mantenha sua rotina de sono. Quando finalmente chegar a hora de relaxar, mantenha sua rotina normal de sono. Isso pode incluir meditação, alongamento ou evitar o excesso de luz azul do sistema de entretenimento a bordo ou do seu telefone celular.

 12. Relaxe. É mais fácil falar do que fazer, mas você precisa relaxar se espera pegar alguns Zs em seu próximo voo. Não se estresse se você não conseguir adormecer imediatamente - apenas sente-se e tente descansar o máximo que puder antes de partir em sua aventura.

13. Acalme-se no dia da sua chegada. Mesmo os passageiros frequentes têm dificuldade em adormecer nos aviões - entre o barulho, os assentos desconfortáveis ​​e a empolgação de chegar ao seu destino, pode ser difícil obter um descanso de qualidade. A maioria dos especialistas concorda que é melhor ficar acordado e se aclimatar ao fuso horário local quando você chegar, então tente não adormecer assim que chegar ao hotel. Vá com calma e evite embalar muito no dia de sua chegada, para que você não fique com muito sono para o resto de suas férias.

Elizabeth Rhodes é editora digital associada da Travel + Leisure. Acompanhe as aventuras dela no Instagram @elizabetheverywhere.

 


Melatonina: ‘hormônio do sono’ pode ser vendido sem prescrição médica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em outubro 2021 a venda da melatonina como suplemento alimentar sem a necessidade de prescrição médica, o hormônio é popularmente conhecido por tratar distúrbios do sono. 

Anteriormente, o medicamento podia ser vendido somente com a apresentação de receita médica em farmácias de manipulação. Com as novas regras, o medicamente pode ser vendido como suplemento alimentar para pessoas com 19 anos ou mais. A dosagem recomendada pela Anvisa é de 0,21 mg por dia, quantidade próxima a encontrada em alimentos. A agência reguladora afirmou que não pode aprovar quantidades maiores para o suplemento já que foram poucos os estudos mostrando as consequências do uso prolongado da substância. “A orientação é que seja feita por indicação de profissional habilitado: médico, farmacêutico e nutricionista”, afirmou uma representante do Conselho Federal de Farmácia, que defende que mesmo a quantidade liberada sendo segura, é indicado buscar ajuda especializada. O órgão ainda ressalta que o uso inadequado do medicamentoso pode causar fadiga, sono durante o dia e até mesmo alterar as funções hepáticas e níveis de glicose e insulina.

O professor de Fisiologia e Biofísica da USP, José Cipolla, afirmou que os maiores erros no uso da melatonina acontecem com o horário que o suplemento é tomado. O hormônio é naturalmente produzido pelo corpo em ambientes noturnos, sem a presença de luz, o que indica que a suplementação durante o dia causa uma “confusão” interna no organismo.

Por ora, o suplemento alimentar ainda não pode ser encontrado nas farmácias sem a prescrição médica, espera-se que a venda esteja liberada a partir de dezembro deste ano.

 


 

Dormir entre as dez e onze da noite diminui risco de doenças cardiovasculares - 10/11/2021

Uma investigação da Universidade de Exeter (Exon), no Reino Unido, sugeriu que dormir entre as 22 horas e as 23 horas está associado à redução do risco de doenças cardíacas, em comparação com adormecer mais cedo ou mais tarde. A hipótese de explicação, segundo os investigadores, pode residir no facto de deitar mais cedo ou mais tarde do que aquele limite horário contribuir para desregular o ritmo circadiano, perdendo-se referenciais cruciais para o relógio biológico interno, como o nascer do Sol. Este estado pode prejudicar a regulação da glicose, o que por sua vez pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

O estudo, publicado recentemente na revista European Heart Journal Digital Health, envolveu 88026 participantes recrutados entre 2006 e 2010, a quem foram colocados actígrafos durante 7 dias para medir a hora a que se deitavam.Do grupo de 88206 participantes, 3172 desenvolveram doença cardiovascular num tempo médio de acompanhamento de 5,7 anos, nenhum dos quais tinha a doença ou um distúrbio do sono, no início do estudo.

A investigação revelou que destes 3172 participantes, 1371 adormeceram após a meia noite, 1196 adormeceram entre as  23 e as 24 horas e apenas 473 o fizeram entre as 22 horas e as 23 horas (132 participantes adormeceram antes das 22horas).

Depois de considerarem vários factores, como idade, sexo, tabagismo, duração do sono, irregularidade do sono, diabetes, pressão arterial e condição socioeconômica dos participantes, os investigadores concluíram que os que adormeceram entre 22h e 22h59. tiveram um risco menor de doença cardiovascular do que aqueles que adormeceram mais cedo ou mais tarde.

Aqueles que adormeceram à meia-noite ou mais tarde tiveram um risco 25% maior de desenvolver doenças cardiovasculares, enquanto aqueles que adormeceram antes das 22h tiveram um risco 24% maior. Os que adormeceram entre 23h e 24 horas tiveram um risco 12% maior de doença cardiovascular do que aqueles que adormeceram no limite horário entre as 22 horas e as 23 horas.


Tratamento Medicamentoso para Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) - out/21

Em pacientes com AOS, o início do sono leva a uma redução do controle neuromuscular das vias aéreas superiores e a um relaxamento correspondente dos músculos dilatadores das vias aéreas superiores. A grande maioria dos pacientes diagnosticados recebe tratamento com aparelhos de pressão positiva contínua nas vias aéreas ou CPAP, mas muitos pacientes não ficam satisfeitos e abandonam o equipamento.

A Apnimed é uma empresa farmacêutica norte-americana em estágio clínico que trabalha para transformar o tratamento da apneia do sono a partir de uma ideia simples - os pacientes com apneia obstrutiva do sono poderão se beneficiar com um medicamento oral seguro e eficaz, aprovado nas pesquisas clínicas de fase 2. Assim esperamos!


Sono no Espaço - maio 2021

“Existem inúmeros desafios que os humanos enfrentarão ao dormir em Marte”, começa o Dr. Flynn-Evans. “O maior desafio é que Marte gira com um período de 24 horas e 39 minutos, em comparação com a rotação de 24 horas da Terra. Como resultado, os astronautas que vivem em Marte precisarão mudar seu tempo de sono-vigília em 39 minutos todos os dias para ficarem alinhados com Marte. ” Para muitos, trinta e nove minutos pode não parecer um motivo de preocupação em grande escala, mas os especialistas em sono veem mais. “Para ficar acordado quando o sol está alto e dormir quando é noite”, continua o Dr. Flynn-Evans, “os astronautas terão que mudar seus horários 39 minutos mais tarde todos os dias. Se os astronautas não mudassem de forma adequada, eles viveriam em um estado circadiano desalinhado, o que seria como um perpétuo jet lag ou trabalho em turnos. Isso é preocupante porque a perda de sono e o desalinhamento circadiano estão associados a um estado de alerta e desempenho reduzidos, e os astronautas que vivem e trabalham em Marte precisam ser capazes de ter o melhor desempenho. ”

Erin E. Flynn-Evans, PhD, MPH, é atualmente o Diretor do Laboratório de Contramedidas de Fadiga da NASDA, um epidemiologista e fisiologista do ritmo circadiano que trabalhou com sono por 20 anos.


 Quando os cérebros sonham - fevereiro 2021

When Brains Dream, Exploring the Science and Mistery of Sleep Hardcover, da autoria dos investigadores de renome mundial em sono e sonhos, Antonio Zadra e Robert Stickgold, responde a muitos mistérios neste campo, de forma rigorosa e científica.
Porque sonhamos? Os sonhos têm um significado psicológico ou são meramente o reflexo da uma atividade cerebral mecânica? Para que servem os sonhos?
O livro publicado em 2021 pela W.W. Norton & Company Ltd., Publishers, editora britânica, aborda estas e outras questões fundamentais sobre o sono e sonhos, questionando vários mitos sem validade científica e deixando questões ainda sem resposta mas que a ciência certamente um dia explicará.


Apneia do Sono e Alzheimer com mesmo tipo de lesões cerebrais - dez 2020

 Um novo estudo do Instituto de Tecnologia de Melbourne, na Austrália (RMIT), realizado recentemente por cientistas australianos e islandeses, indica que as lesões cerebrais começam no mesmo local e disseminam-se da mesma maneira na apneia do sono e na Doença de Alzheimer.

A investigação, publicada na revista Sleep, revelou placas amilóides semelhantes ao Alzheimer nos cérebros de pacientes com apneia obstrutiva do sono diagnosticada, uma perturbação do sono que afeta mais de 936 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 30% de idosos.

“Um paciente que tenha apneia do sono na meia-idade, é mais provável que desenvolva Alzheimer quando for mais velho. Por sua vez, um paciente que tenha Alzheimer, é mais provável que tenha apneia do sono do que outras pessoas da mesma idade”, disse o investigador principal do estudo, Stephen Robinson


Fim do Horário de verão agora também nos EUA - setembro 2020

A AASM propõe o fim do “daylight saving time” (nosso horário de verão) com a mudança para a hora padrão permanente, pois a hora padrão se alinha mais de perto com os ritmos diários do relógio interno do corpo. A declaração de posição também cita evidências de riscos aumentados de acidentes com veículos motorizados, eventos cardiovasculares e distúrbios de humor após a “primavera em frente” anual ao horário de verão.

O tempo padrão permanente durante todo o ano é a melhor escolha para se adequar ao nosso ciclo vigília-sono circadiano. O horário de verão resulta em mais escuridão pela manhã e mais luz à noite, interrompendo o ritmo natural do corpo.

A declaração de posição, publicada online como um artigo aceito no Journal of Clinical Sleep Medicine, descreve os efeitos agudos do horário de verão, que variam do aumento do risco de acidente vascular cerebral e internações hospitalares à perda de sono e aumento da produção de marcadores inflamatórios, um dos as respostas do corpo ao estresse. Além disso, estudos mostram que fatalidades no trânsito aumentaram até 6% nos primeiros dias após a mudança para o horário de verão, e um resumo de pesquisa publicado recentemente descobriu um aumento de 18% em eventos médicos adversos relacionados a erro humano na semana depois de mudar para o horário de verão. 

Nos últimos anos, assistimos a um intenso debate sobre a questão da transição entre o horário padrão e o horário de verão. Nos Estados Unidos, o avanço anual para o horário de verão na primavera e o retrocesso para o horário padrão no outono é exigido por lei (embora algumas exceções sejam permitidas pelo estatuto). Uma abundância de evidências acumuladas indica que a transição aguda do horário padrão para o horário de verão incorre em riscos significativos à saúde pública e à segurança, incluindo aumento do risco de eventos cardiovasculares adversos, transtornos do humor e acidentes de veículos motorizados. Embora os efeitos crônicos de permanecer no horário de verão durante todo o ano não tenham sido bem estudados, o horário de verão está menos alinhado com a biologia circadiana humana - que, devido aos impactos do ciclo de luz natural / escuridão atrasado na atividade humana, pode resultar em desalinhamento circadiano, que foi associado em alguns estudos com aumento do risco de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e outros riscos à saúde. É, portanto, posição da Academia Americana de Medicina do Sono que essas mudanças sazonais de horário devem ser abolidas em favor de um horário padrão nacional fixo durante todo o ano.


Amazon Halo Band - confortável, elegante e sem distrações agosto/2020

Apesar do aumento nos serviços e dispositivos digitais de saúde na última década, não vimos uma melhoria correspondente na saúde da população nos EUA. Estamos usando a profunda experiência da Amazon em inteligência artificial e aprendizado de máquina para oferecer aos clientes uma nova maneira de descobrir, adotar, e manter hábitos de bem-estar personalizados”, disse o Dr. Maulik Majmudar, Diretor Médico da Amazon Halo. “Saúde é muito mais do que apenas o número de passos que você dá em um dia ou quantas horas você dorme. O Amazon Halo combina a ciência médica mais recente, dados altamente precisos por meio dos sensores Halo Band e inteligência artificial de ponta para oferecer uma abordagem mais abrangente para melhorar sua saúde e bem-estar. ” 

O Amazon Halo Band foi desenvolvido especificamente para focar na sua saúde e bem-estar - ao contrário de smartwatches e rastreadores de condicionamento físico, ele não tem uma tela ou notificações constantes. A pequena cápsula do sensor fornece dados altamente precisos e inclui um acelerômetro, um sensor de temperatura, um monitor de frequência cardíaca, dois microfones, uma luz indicadora de LED e um botão para ligar ou desligar os microfones, entre outras funções. Amazon Halo Band é resistente à água para uso o dia todo e o ajuste confortável significa que não vai prender ou irritar à noite. Além disso, a bateria dura até sete dias e carrega totalmente em menos de 90 minutos. Os clientes podem escolher entre três cores de pulseira de tecido na compra, com pulseiras de tecido e acessórios esportivos de silicone disponíveis em 15 cores adicionais 

O aplicativo Amazon Halo é um pacote de cinco recursos principais projetado para fornecer aos clientes uma compreensão abrangente de sua saúde e bem-estar - e as ferramentas para agir para fazer melhorias mensuráveis:

• Atividade: com base nas diretrizes de atividade física da American Heart Association e nas pesquisas médicas mais recentes, o Amazon Halo concede pontos com base na intensidade e duração do movimento, não apenas no número de passos dados. Por exemplo, os clientes ganharão pontos por caminhar, mas ganharão mais pontos por correr. As diretrizes médicas também aconselham que um estilo de vida sedentário pode impactar negativamente a saúde, então o Amazon Halo deduz um ponto de atividade para cada hora durante oito horas de sedentarismo por dia, fora do sono. Uma meta de linha de base de 150 pontos de atividade é definida e medida semanalmente.

• Sono: Os benefícios para a saúde de um sono consistentemente bom e suficiente estão bem documentados - assim como os possíveis impactos negativos à saúde de um sono insuficiente ou consistentemente pobre. O Amazon Halo usa movimento, frequência cardíaca e temperatura para medir o tempo de sono e o tempo de vigília; tempo gasto nas várias fases do sono, incluindo profundo, leve e REM; e temperatura da pele durante o sono. Os sensores na banda permitem o monitoramento contínuo do sono, para que os clientes obtenham informações ricas e detalhadas sem ter que recarregar a banda todos os dias. De manhã, o Amazon Halo fornece uma pontuação de sono de 100, qualquer desvio da temperatura basal do sono e um hipnograma mostrando o tempo gasto em cada fase do sono.

• Corpo: pesquisas médicas mostram há anos que o percentual de gordura corporal é uma medida melhor da saúde geral do que apenas o peso ou o índice de massa corporal (IMC) isoladamente, mas as ferramentas que medem o percentual de gordura corporal podem ser caras ou de difícil acesso. Usando inovações em visão computacional e aprendizado de máquina, o Amazon Halo permite que os clientes meçam seu percentual de gordura corporal no conforto e na privacidade de sua própria casa, tornando essas informações importantes facilmente acessíveis. A medição de gordura corporal Amazon Halo é tão precisa quanto os métodos que um médico usaria - e quase duas vezes mais precisa do que balanças inteligentes domésticas. Saiba mais sobre o recurso Corpo.

• Tom: A definição globalmente aceita de saúde inclui não apenas bem-estar físico, mas também social e emocional. O recurso Tone inovador usa aprendizado de máquina para analisar a energia e positividade na voz de um cliente para que ele possa entender melhor como pode soar para os outros, ajudando a melhorar sua comunicação e relacionamentos. Por exemplo, os resultados do tom podem revelar que uma chamada de trabalho difícil leva a menos positividade na comunicação com a família de um cliente, uma indicação do impacto do estresse no bem-estar emocional. Saiba mais sobre o recurso Tom.

• Labs: Amazon Halo Labs são desafios, experimentos e exercícios científicos que permitem aos clientes descobrir o que funciona melhor para eles especificamente, para que possam criar hábitos mais saudáveis ​​- por exemplo, alguns clientes podem descobrir que cortar a cafeína à tarde melhora seu sono qualidade, ou que um determinado tipo de exercício em casa é mais eficaz do que outros. 

Insônia e Stress dos Médicos durante a Pandemia de COVID-19 07/2020

Nos últimos meses, os repórteres perguntaram ao onipresente Anthony Fauci, M.D., sobre seus hábitos de sono. O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas geralmente responde com uma risada e revela que está tendo apenas algumas horas por noite.

Durante os meses extraordinários desde meados de março de 2020, muitos médicos e profissionais de saúde estiveram no mesmo barco. O problema tornou-se tão prevalente que autoridades do Instituto Nacional de Saúde (N.I.H.) recentemente conduziram um estudo com 268 médicos de diferentes contextos médicos durante o surto em curso no COVID-19. Talvez não surpreendentemente, o estudo confirmou que trabalhar com pacientes com COVID-19 tem um efeito negativo no sono dos médicos. "O estudo revelou que as mulheres médicas tinham um status significativamente pior do sono em comparação com os homens", escreveram os pesquisadores. “A prevalência de insônia foi significativamente maior nas mulheres (77,5% vs. 64,4%), respectivamente. O estudo não encontrou diferença significativa no escore de sono dos médicos que trabalhavam em turnos diferentes (P = 0,147). Mas a maioria dos médicos em todos os turnos estava sem dormir. O estudo revelou ainda que “a maioria dos médicos fica sem dormir durante o surto de COVID-19. Eles tiveram duração do sono levemente insuficiente e qualidade insatisfatória do sono, com um funcionamento físico e mental ligeiramente diminuído durante o dia. O sono dos médicos foi intensificado, aumentando o número de dias em que eles lidam com os casos suspeitos ou confirmados do COVID-19 e o nível de estresse nos hospitais gerais. ”

Fonte: Instituto Nacional de Saúde do PMC 

Tecnologia muscular: terapêutica inédita no mundo para apneia do sono é apresentada em evento global de biotecnologia BIO Digital - junho de 2020

A tecnologia do protótipo é baseada em moléculas da toxina do tétano, modificadas para garantir que funcionem em torno da vacina contra o tétano, o que geralmente impede que a toxina afete o corpo. Assim como o Botox utiliza pequenas quantidades de toxina botulínica para relaxar os músculos, esta nova terapêutica usa pequenas quantidades de toxina tetânica para efetivamente atingir o oposto - tonificação muscular. A tecnologia oferece esperança de uma alternativa terapêutica para os cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo que sofrem de Apneia Obstrutiva do Sono.

O diretor de Snoretox, professor adjunto Tony Sasse, disse que cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo confiam em máquinas de pressão positiva nas vias aéreas (CPAP)para tratar a apneia do sono. "No momento, não existem medicamentos disponíveis, então as pessoas com apneia do sono moderada ou grave não têm alternativa, exceto usar máscara e mangueira enquanto dormem", disse Sasse. “Nossas moléculas modificadas da toxina do tétano oferecem opções de tratamento reais e eficazes para os pacientes, e prevemos que a grande maioria gostaria de se livrar de seus CPAPs. Com um maior desenvolvimento, essa nova classe de terapêuticas oferecerá uma alternativa revolucionária aos milhões de pessoas que sofrem de condições musculares de tônus ​​baixo em todo o mundo".

A terapêutica foi registrada como Snoretox (para apneia do sono) e Tonetox (para outras aplicações). Para mais informações sobre a tecnologia: snoretox.com

Novo Medicamento para Insônia - junho de 2020

A Eisai Co., Ltd. (sede: Tóquio, CEO: Haruo Naito, “Eisai”) anunciou hoje que sua subsidiária americana Eisai Inc. lançou seu CIV antagonista de receptores de orexina, DAYVIGO ™ (lemborexante), para o tratamento de adultos com insônia, caracterizada por dificuldades com o início do sono e / ou manutenção do sono nos EUA em 1º de junho de 2020.

O DAYVIGO foi aprovado nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA com base em descobertas do programa de desenvolvimento clínico lemborexante, que incluiu dois estudos (SUNRISE 1 e SUNRISE 2) em quase 2.000 pacientes adultos com insônia. As análises nos dois estudos sugeriram que o DAYVIGO não estava associado à insônia rebote, e não houve evidência de efeitos de abstinência após a descontinuação do tratamento, sugerindo que ele não produz dependência física naqueles que o tomam por até um ano. O DAYVIGO é o primeiro medicamento para insônia aprovado pela FDA com dados de segurança ao longo de um período de tratamento de 12 meses e com dados sobre o início e a eficácia da manutenção do sono durante um período de tratamento de seis meses em um estudo clínico essencial.

Murphy P et al. Segurança do lemborexante versus placebo e zolpidem: efeitos no limiar do despertar auditivo, estabilidade postural e desempenho cognitivo em idosos saudáveis ​​no meio da noite e no despertar da manhã, J. Clinical Sleep Medicine. 2020: 16 (5): 765-773

 Síndrome da Morte Súbita do Recem-Nascido

SIDS é a sigla, em inglês, da Síndrome de Morte Súbita do Recém-nascido e corresponde à morte de uma criança que permanece inexplicável após terem sido descartadas todas as causas possíveis, por autópsia, investigação da cena da morte e/ou história médica. Trata-se da principal causa de mortalidade infantil no primeiro ano de vida. Enquanto a cauda da SIDS não é descoberta, há um grande número de teorias alegando infecção, defeitos congênitos, estressores ambientais que aparecem para a criança em períodos vulneráveis do desenvolvimento.

Agora um novo estudo localizou defeitos na região cerebral que controla a respiração e o despertar entre bebes que morreram de SIDS e que esses defeitos são mais pronunciados em bebes do sexo masculino, o que pode explicar por que mais meninos sucumbem de SIDS. Os pesquisadores esperam que essa descoberta possa levar a melhores maneiras de prevenir SIDS em recém-nascidos de risco.


Jet Lag

Hoje em dia, com a globalização, a expansão do turismo e a incessante viagem dos médicos participando de congressos em diversos países estão cada vez mais sujeitos aos efeitos do jet lag, um distúrbio do ritmo circadiano. Esse é um fenômeno que se tornou comum porque, com a velocidade dos aviões, várias zonas de tempo ou fusos horários são atravessadas em uma única viagem. A conseqüência é um total descontrole do nosso relógio interno em relação ao tempo real. Quando desembarcamos, ordenamos ao corpo que se ajuste à hora local, mas nada tem sincronia com o tempo dele: nem a intensidade da luz, nem os horários de comer ou dormir. Disso resulta um conjunto de sintomas conhecido por jet lag: dor de cabeça, fadiga, letargia, irritabilidade, depressão, desatenção, diarréia, dor de ouvido, lentidão física e mental, falta de apetite insônia. Em função disso listamos algumas dicas para evitar o jet lag:

1.    Evitar festas de despedida antes da viagem. Dormir bem na véspera.

2.    Preferir vôos que cheguem ao destino no final da tarde ou início da noite dando tempo para comer e ir para a cama por volta das 23hs (horário local).

3.    Ao viajar para leste voar cedo. Ao viajar para oeste viajar tarde.

4.    Ajustar-se ao novo fuso horário ainda no avião.

5.    Evitar o álcool, mas tomar bastante líquido (sem gás).

6.    Evitar cafeína.

7.    Adotar o novo fuso horário logo ao chegar.

8.    Antes de ir para a cama, tomar um pouco de leite acompanhado de carboidratos leves e uma aspirina.

9.    Melatonina antes de ir para a cama.

10. Expor-se ao sol. Se estiver escuro lá fora acender todas as luzes do quarto.

11. Exercícios ao acordar.

12. Evitar alimentos pesados e indigestos nos primeiros dias após a chegada.

Cronofarmacologia

Os ritmos biológicos nos seres vivos são resultado direto dos fenômenos ambientais periódicos e recorrentes — como as estações do ano, os ciclos lunares, as marés e o ciclo dia/noite. Esses ritmos influenciam todas as funções do organismo, sejam elas fisiológicas, bioquímicas ou psíquicas. O professor Roberto DeLucia, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, através da cronofarmacologia, vem estudando os efeitos provocados pela administração de drogas no organismo, responsáveis por mudanças na ritmicidade dessas funções, desde a absorção e o destino de drogas (cronofarmacocinética), até a variação de resposta no local onde a droga vai exercer seu efeito (cronestesia).

DeLucia ressalta, porém, que é importante conhecer não só a variação rítmica dos efeitos das drogas, mas também das doenças. "A doença é uma expressão de sinais e sintomas de funções do organismo e também tem ritmo biológico. Por isso, se estuda tanto a variação dos efeitos das drogas como das doenças. É a cronofarmacologia aplicada à cronoterapêutica, que incorpora a ritmicidade das doenças, ou seja, as alterações rítmicas patológicas que ocorrem no organismo."

O professor explica que esses estudos vêm se intensificando nos últimos 30 anos. "Já existem mais de 50 remédios nos Estados Unidos que têm orientações cronofarmacológicas na bula, ajustando as doses para que tenham efeito mais eficaz numa determinada hora e menos efeitos adversos em outra." Ele cita, como exemplo, o caso da asma. "Como geralmente as crises acontecem no período noturno, a dose utilizada durante o dia pode ser menor, com.a mesma eficácia e menor efeito colateral. O médico pode, porém, prescrever uma dose noturna maior para prevenir o aparecimento da crise."

Outro setor muito desenvolvido na cronofarmacologia é o de drogas cardiovasculares. "Sabe-se que a maior incidência de enfarto do miocárdio ocorre, principalmente, entre 6 e 7 horas da manhã. Justamente porque a pressão arterial das pessoas, que cai durante a noite, começa a aumentar nesse período. Nesse horário também acontecem outras alterações, como a diminuição da coagulação sangüínea, e uma série de fatores que podem predispor ao fato", conta DeLucia. "Nesse período de mudança, é importante que a pessoa que tenha predisposição ao enfarto esteja com o medicamento agindo. Isso não quer dizer que não possa acontecer em outro horário. Mas é a maior incidência," alerta.

Para evitar essa tendência, os novos medicamentos, desenvolvidos com formulação farmacêutica especial, agem com liberação lenta. "O remédio é ingerido às 22 horas tem maior concentração plasmática no sangue em torno das 6 horas do dia seguinte, exercendo o efeito profilático." O pesquisador explica que tradicionalmente os médicos prescreviam um betabloqueador à noite, que às 6 horas da manhã já havia sido eliminado o do organismo.

O desenvolvimento de drogas utilizadas no tratamento do câncer também é mais um exemplo do desenvolvimento da cronofarmacologia. Como esse tipo de droga tem uma dose terapêutica muito próxima da dose tóxica que pode ter efeito numa célula sadia, é importante que a administração ocorra em um horário que o medicamento tenha menos efeitos adversos. "Estuda-se a variação em torno das 24 horas e verifica-se onde a droga tem efeito tóxico maior e menor. A partir disso, o médico faz um ajuste da dose", explica DeLucia. "A divisão da célula cancerígena tem uma ritmicidade e essas drogas atuam justamente nessa questão do crescimento celular. Em determinadas horas os tumores são mais sensíveis ao efeito de uma droga ou da radioterapia. Ao mesmo tempo, existem horas que a pessoa fica mais protegida da radioatividade", complementa.

DeLucia conta que as indústrias farmacêuticas estão padronizando os medicamentos nessa visão cronobiológica. "Hoje já se tem dados de que 50% dos médicos norte-americanos tem conhecimento da cronobiologia. No Brasil está chegando agora. Mas os medicamentos com referências cronobiológicas terão muito mais competitividade no mercado", garante.

Alimentação e Sono

Uma boa alimentação pode fazer toda a diferença para quem tem problemas de sono. Baseada nessa afirmação, a nutricionista Marlete Pereira, do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, elaborou um "cardápio do sono" para seus pacientes que se queixavam de dificuldade para dormir. E não é que, de acordo com relatos daqueles que seguiram a tal dieta, o sono melhorou mesmo? 

O cardápio preparado recentemente pela especialista inclui chás claros, carne branca, folhas e alimentos integrais. Conversamos com a nutricionista Adriana Ávila, da clínica Vitay Medicina de Emagrecimento e Estética, para saber porque esses alimentos ajudam a melhorar a qualidade do sono e também quais devemos evitar para não agravar o quadro de noites maldormidas. 

De acordo com Adriana, os chás claros, como os de hortelã, camomila e erva cidreira, melhoram a qualidade do sono porque ajudam no relaxamento muscular. Já os vegetais verdes, principalmente a alface são ótimos porque têm magnésio e vitamina B, também importantes para o relaxamento. 

No jantar, o ideal é optar por alimentos mais leves, por isso as carnes brancas são boa pedida. "Esse tipo de carne, em especial o peixe, tem digestão mais rápida e fácil, ou seja, não pesa no estômago, fator que prejudica o sono", explica a nutricionista. À noite, dê preferência às carnes brancas grelhadas ou cozidas. 

A aveia, a amêndoa, a banana, o leite e o mel também são alimentos importantes para quem deseja ter um sono tranquilo. Tudo porque elas contêm o aminoácido triptofano, que induz o sono e relaxa a musculatura. Outra dica é o consumo de alimentos que facilitem a produção de melatonina, hormônio que tem função de regular o sono e é produzido pelo organismo em maior quantidade durante a noite (das 24h às 6h). Segundo Adriana, as sementes de girassol, gergelim e linhaça são bons exemplos de alimentos ricos em melatonina e recomendados para quem tem problemas de sono. 

Ainda de acordo com a especialista, os chás escuros, como mate, preto e verde, devem ser evitados por aqueles que têm dificuldades para dormir porque contêm cafeína. "Os refrigerantes à base de cola, como coca-cola e pepsi cola, além do café e guaraná, também não devem ser consumidos antes de dormir, porque têm ação estimulante", diz. Os alimentos pesados, como frituras, gordura e chocolates, não devem ser consumidos à noite, porque têm digestão mais difícil e por isso podem atrapalhar o sono. Além de optar por uma refeição leve, o ideal é jantar, no mínimo, 2 horas antes de deitar. Há quem acredite que as bebidas alcoólicas ajudam no relaxamento e, consequentemente, em um sono mais tranquilo, mas a especialista alerta: "quem costuma beber vinho, por exemplo, para relaxar antes de dormir deve tomar cuidado para não exagerar na quantidade, porque aí pode passar do relaxamento para o oposto. O ideal é não criar esse condicionamento", explica. 

A dica é incluir esses alimentos que auxiliam na qualidade do sono dentro de uma dieta saudável. E se mesmo seguindo esse cardápio a pessoa continuar sentindo dificuldade para dormir, o ideal é buscar ajuda médica. 


Essa matéria foi produzida pelo site de Cristiana Arcangeli.

Efeito da Melatonina no sono

Melatonina é um hormônio que se acredita responsável pela regulação de nosso ciclo sono-vigília. Um grupo de pesquisadores na Universidade de Alberta realizou, há algum tempo, uma revisão sistemática da segurança e eficácia dos suplementos de melatonina em estudos randomizados e controlados com placebo envolvendo 524 pessoas com distúrbios secundários de sono ou distúrbios de sono associados com restrição de sono, jet lag ou trabalho em turnos. Eles verificaram que a melatonina não tem efeito na habilidade dos participantes em adormecer e tem pouco efeito na habilidade de permanecer dormindo. Eles também viram que a melatonina é segura para uso em curto prazo.

Suporte para essa revisão veio do NIH que revisou a literatura encontrando que os suplementos de melatonina são úteis para reduzir o tempo de adormecer em pessoas com síndrome do atraso de fase e minimamente úteis para iniciar o sono em pessoas com insônia.

Os resultados indicam que a melatonina tem pouco ou nenhum feito hipnótico e que a melatonina tem um efeito regulador no tempo de sono dependendo de quando a droga é tomada.

O que torna um sonho ruim em pesadelo?

Pesadelos são comuns tanto entre vítimas de traumas como na população geral. Muitos médicos não consideram os pesadelos como distúrbios primários do sono considerando-os secundários a trauma ou a ansiedade. Isso pode ser em parte pela maneira como se define pesadelo. A definição amplamente aceita tem sido “um sonho aterrorizante que acorda o dormidor”, entretanto, pesadelos frequentemente envolvem, além de medo, emoções negativas, como raiva e pesar. Também, de acordo com essa definição, se a pessoa acorda ou não é um reflexo da gravidade emocional do sonho. As pesquisas, entretanto, tem mostrado que isso não é sempre verdadeiro: sofredores de pesadelos nem sempre relatam despertares de sonhos amedrontantes e alguns estudos não encontraram relação entre o nível de perturbação sentido pelo sonhador e a chance de acordar.

Num artigo publicado na Sleep Medicine Reviews, Victor Spoormaker, PhD, defende uma definição expandida para pesadelo. Ele recomenda que a definição inclua sonhos que contenham qualquer emoção negativa que possa ou não causar despertar. Segundo ele, pesadelos são mais do que sintomas de trauma ou ansiedade e representam um distúrbio independente de sono, bastante comum, mas com diagnostico e tratamento específicos.

Sono e sonhos melhores para um mundo melhor

 O lema do Dia Mundial do Sono 2020 que se assinala este ano a 13 de março tem um conceito ainda mais alargado do que o habitual, envolvendo a preservação do Planeta perante às graves alterações climáticas que se vivem. “Melhor Sono, melhor Vida, melhor Planeta” é o lema de 2020.  No Brasil escolhemos outro lema: "Sono e sonhos melhores para um mundo melhor”.

O Dia Mundial do Sono celebra-se anualmente na segunda sexta-feira da segunda semana de março e todos os anos um tema inspira as várias iniciativas para assinalar a data realizadas um pouco por todo o mundo, conferências, colóquios-debate, exposições, jogos temáticos, etc. O World Sleep Day é organizado pela World Sleep Society, fundada pela Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM) e pela Federação Mundial do Sono (FSM), tendo como missão a promoção de um sono saudável a nível global. Celebrado desde 2008, o Dia Mundial do Sono visa sensibilizar as populações do mundo inteiro para a necessidade de ter um sono saudável de forma a evitar mais de cem distúrbios do sono clinicamente identificados que ameaçam a saúde de cerca de 45% da população mundial, ou seja, cerca de 3 mil milhões de pessoas.

Nos anos anteriores o Dia Mundial do Sono teve os seguintes lemas:

14 de março de 2008 – “Durma bem, viva completamente acordado”

20 de março de 2009 – “Conduza com atenção, chegue com segurança”

19 de março de 2010 – “Durma bem, mantenha-se saudável”

18 de março de 2011 – “Durma bem, cresça saudável”

16 de março de 2012 – “Respire com facilidade, durma bem”

15 de março de 2013 – “Sono reparador, envelhecimento saudável”

14 de março de 2014 – “Sono descansado, Respiração fácil, Corpo são”

13 de março de 2015: “Quando o sono é são, a saúde e a felicidade abundam”.

18 de março de 2016: “Uma boa noite de sono é um sonho acessível”.

17 de março de 2017: “Durma profundamente, aproveite a vida”

16 de março de 2018: “Junte-se ao mundo do sono! Preserve os seus ritmos e desfrute a vida”!

15 de março de 2019: “Dormir bem, envelhecer melhor”

 

Cochilos

Em tempos de guerra ou paz, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965) não abria mão de tirar um cochilo, sempre por volta das 17 horas. Depois de uma hora e meia de soneca, ele tomava banho, jantava e continuava a trabalhar até a 1 da manhã. No dia seguinte, às 7h30 em ponto, retomava a rotina. “Quem adere ao hábito ganha dois dias em vez de um”, costumava dizer. No Brasil, quem incorporou o costume foi o sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Quando era presidente da República, gostava de pegar um livro ou jornal e dar uma boa cochilada de 15 a 20 minutos em um sofá qualquer do Palácio da Alvorada, em Brasília. “Faz um bem danado”, relatou FHC em 1998.

Parece conversa pra boi dormir, mas o fato é que a ciência assina embaixo. A mais nova pesquisa a confirmar o efeito benéfico do cochilo vespertino vem do Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça, e foi publicada na revista médica Heart. Leia mais sobre os benefícios do cochilo em abneuro.org.br

Crianças Autistas com sono superficial

As crianças com autismo têm mais problemas de sono por terem atividade cerebral com ondas menos intensas, o que provoca um sono mais superficial, segundo um estudo da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, publicado recentemente na revista Sleep. 

A investigação envolveu um grupo de 29 crianças com autismo e outro grupo de 23 crianças sem esta perturbação. A atividade cerebral das crianças dos dois grupos foi registada através da realização de Polissonografia. Verificou-se que as crianças com autismo têm, em média, ondas cerebrais menos intensas em 25% do que as crianças com um desenvolvimento normal, com dificuldades em iniciar e manter o sono profundo. O que faz com que as crianças com autismo tenham um sono menos reparador.

Estudos anteriores já tinham revelado que 40 a a 80% das crianças no espectro de autismo apresentam algum tipo de distúrbio do sono, problemas para adormecer, acordar frequente durante a noite e acordar cedo.Os investigadores também observaram que as crianças com autismo, especialmente aquelas cujos pais relataram problemas sérios de sono, não se cansam o suficiente durante o dia, não desenvolvendo pressão suficiente para dormir e dormir profundamente à noite.

 


Risco de Suicídio e Automutilação quase triplica em pacientes com Síndrome das Pernas Inquietas

Os pesquisadores descobriram que as pessoas com Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) tinham um risco 2,7 vezes maior de suicídio ou automutilação, mesmo quando condições como depressão, insônia, diabetes e outras eram controladas. O estudo foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Network Open em setembro de 2019. Xiang Gao, professor associado de ciências nutricionais e diretor do Laboratório de Epidemiologia Nutricional da Penn State University, afirma em um comunicado que, à medida que as taxas de suicídio aumentam nos Estados Unidos, os resultados sugerem que os médicos devem prestar atenção especial à saúde mental dos pacientes com SPI. "Nosso estudo sugere que a síndrome das pernas inquietas não está apenas conectada às condições físicas, mas também à saúde mental", diz Gao. “E, com a SPI subdiagnosticada e as taxas de suicídio aumentando, essa conexão será cada vez mais importante. Os médicos podem querer ter cuidado ao rastrear pacientes, tanto quanto ao risco de SPI quanto ao de suicídio. ”

Segundo os pesquisadores, a SPI afeta aproximadamente 5% da população dos EUA, causando uma sensação desconfortável nas pernas de uma pessoa, resultando no desejo de movê-las, geralmente durante a noite. Embora a causa exata da SPI seja desconhecida, pesquisas anteriores descobriram uma associação entre a SPI e a deficiência de ferro, bem como baixos níveis de dopamina no cérebro. Gao diz que, embora a SPI tenha sido associada a uma maior chance de mortalidade no passado, os cientistas não sabem o porquê. Pesquisas anteriores descobriram associações entre SPI e um maior risco de hipertensão ou ataque cardíaco, sugerindo um possível componente cardiovascular. Mas, alguns estudos também encontraram ligações entre SPI e depressão e pensamentos de suicídio. "Eu queria explorar uma conexão potencial entre SPI e suicídio por mais de 10 anos, mas como as taxas de SPI e suicídio são baixas do ponto de vista dos dados, não era possível", diz Gao. "Mas, quando me mudei para a Penn State University, obtive acesso a um conjunto de dados com mais de 200 milhões de pessoas, por isso nos deu poder para finalmente testar essa hipótese".

Os pesquisadores usaram dados das queixas nacionais do Truven Health MarketScan de 2006 a 2014, incluindo 24.179 pessoas que foram diagnosticadas com SPI e 145.194 pessoas que não tinham SPI. Todos os participantes estavam livres de suicídio e auto-mutilação na linha de base do estudo. Após analisar os dados, os pesquisadores descobriram que as pessoas que tinham síndrome das pernas inquietas tinham uma chance 270% maior de suicídio ou auto-mutilação do que as que não tinham. O risco não diminuiu mesmo quando os pesquisadores controlaram fatores como depressão, distúrbios do sono e doenças crônicas comuns. "Depois de controlar esses fatores, ainda não vimos a associação diminuir, o que significa que a SPI ainda pode ser uma variável independente que contribui para o suicídio e a auto-mutilação", diz Muzi Na, professor de Desenvolvimento de Carreira em Broadhurst para o Estudo de Promoção e Doença em Saúde Prevenção na Penn State. "Ainda não sabemos o motivo exato, mas nossos resultados podem ajudar a moldar pesquisas futuras para aprender mais sobre o mecanismo".No futuro, os pesquisadores dizem que estudos adicionais precisarão ser feitos para replicar e confirmar as descobertas


FDA aprova Pitolisant como nova droga para Narcolepsia

Harmony Biosciences, anunciou em 15/08/2019 a aprovação pelo FDA do WAKIX® (pitolisant), que aumenta a síntese e liberação do neurotransmissor histamina, para o tratamento da sonolência excessiva diurna (SED) em pacientes adultos com Narcolepsia. A chegada dessa droga ao Brasil ainda não tem data.


Distúrbio do Ritmo Circadiano do tipo Avanço de Fase não é raro

Um capricho do relógio biológico que atrai algumas pessoas a dormir às 20h, permitindo que cumpram o novo dia às 4h da manhã, pode ser significativamente mais comum do que se acreditava anteriormente. A chamada fase avançada do sono - que se acreditava ser muito rara - pode afetar pelo menos um em 300 adultos, de acordo com um estudo conduzido pela UC San Francisco e publicado na revista SLEEP em 6 de agosto de 2019.

A fase avançada do sono significa que o relógio do corpo, ou ritmo circadiano, funciona em um horário horas antes do da maioria das pessoas, com liberação prematura do hormônio do sono melatonina e mudança na temperatura corporal. A condição é distinta da elevação precoce que se desenvolve com o envelhecimento normal, bem como a vigília nas primeiras horas experimentadas pelas pessoas com depressão.

"Enquanto a maioria das pessoas luta para sair da cama às 4 ou 5 da manhã, pessoas com fase avançada do sono acordam naturalmente neste momento, descansadas e prontas para enfrentar o dia", disse o principal autor do estudo, Louis Ptacek, MD, professor. de neurologia na Faculdade de Medicina da UCSF. “Essas aves madrugadoras tendem a funcionar bem durante o dia, mas podem ter problemas para ficar acordadas por compromissos sociais à noite.”

Os critérios para a fase avançada do sono incluem a capacidade de adormecer antes das 20h30. e acordar antes das 5:30 da manhã, independentemente de quaisquer obrigações profissionais ou sociais, e ter apenas um período de sono por dia. Outros critérios incluem o estabelecimento desse padrão de sono-vigília aos 30 anos de idade, a não utilização de estimulantes ou sedativos, sem luzes brilhantes para ajudar no aumento precoce e sem condições médicas que possam afetar o sono.

Os autores acreditam que a percentagem de dormidores avançados que possuem a variante familiar pode se aproximar de 100%. No entanto, alguns participantes podem ter mutações de novo que podem ser encontradas em seus filhos, mas não em pais ou irmãos, e alguns podem ter membros da família com mutações “não penetrantes”. "Esperamos que os resultados deste estudo não só aumentem a conscientização sobre a fase avançada do sono e a fase avançada do sono familiar", disse Ptacek, "mas também ajudem a identificar os genes do relógio circadiano e quaisquer condições médicas que possam influenciar".


Rastreio de Apneia do Sono a domicílio

O DROWZLE é um dispositivo médico de Classe II, que consiste em software autônomo baseado em smartphone (operando no modelo Apple iPhone 7, 8 ou X usando iOS v10.0 ou posterior) que grava e analisa padrões respiratórios durante o sono para o propósito de triagem domiciliar para apneia obstrutiva do sono (AOS). Os resultados são usados para ajudar os profissionais de saúde a determinar a necessidade de diagnóstico e avaliação adicionais. Após a comercialização, o dispositivo DROWZLE liberado pela FDA será distintamente classificado para diferenciá-lo da atual plataforma DROWZLE Sleep Health orientada para o consumidor.

O software DROWZLE coleta dados de sintomas para o risco de apneia do sono, incluindo a gravidade da sonolência diurna e os fatores de risco para doenças crônicas pessoais. DROWZLE também registra os padrões de respiração do sono e envia os arquivos de som para proteger os servidores na nuvem para que algoritmos proprietários analisem os resultados. Juntamente com os dados do perfil, isso ajuda os provedores a medir e monitorar os riscos à saúde dos distúrbios do sono ao longo do tempo. Os relatórios compatíveis com HIPAA são gerados e fornecidos ao indivíduo e ao seu provedor de serviços de saúde por meio do aplicativo móvel e do e-mail seguro e criptografado.

"Distúrbios respiratórios do sono são comuns, caros, perigosos e muitas vezes pioram outras condições de saúde, como diabetes, doenças cardíacas, obesidade e depressão", reconheceu Ruchir Sehra, MD, CEO e co-fundador da empresa de tecnologia Resonea. "Embora a conscientização dos consumidores sobre a apneia do sono tenha aumentado, a maioria dos pacientes com AOS ainda não sabe que eles têm a doença. Nossa sociedade não progrediu adequadamente ajudando as pessoas a entender seu risco de AOS ou motivando as pessoas em risco a procurar atendimento adequado. A tecnologia DROWZLE torna a triagem domiciliar de adultos com possíveis distúrbios respiratórios do sono muito mais fácil ".

Karen Underwood, MD, Chief Medical Officer e co-fundador da empresa, disse: "O que é único sobre DROWZLE é que ele pode realizar triagem em casa sem sensores ligados ao corpo. A facilidade de uso e conveniência pode reduzir os principais obstáculos A DROWZLE também fornece conteúdo educativo e motivacional para ajudar a estimular aqueles que correm risco de ver o seu provedor para o tratamento e acompanhamento recomendados. O aumento da acessibilidade ao rastreamento pode resultar em mais pessoas recebendo cuidados médicos. "

Em um estudo aprovado pelo IRB de 242 indivíduos submetidos à polissonografia (PSG) clinicamente indicada em laboratórios do sono, com dados de respiração do sono coletados simultaneamente em smartphones, o algoritmo DROWZLE foi testado contra os resultados da PSG, proporcionando uma sensibilidade de 93,7% para detectar pessoas com e OSA grave. A inclusão de questionários de risco de apneia do sono validados reforça a eficácia, reduzindo ainda mais o potencial para resultados falsos negativos.O DROWZLE é um dispositivo médico de Classe II, que consiste em software autônomo baseado em smartphone (operando no modelo Apple iPhone 7, 8 ou X usando iOS v10.0 ou posterior) que grava e analisa padrões respiratórios durante o sono para o propósito de triagem domiciliar para apneia obstrutiva do sono (AOS). Os resultados são usados para ajudar os profissionais de saúde a determinar a necessidade de diagnóstico e avaliação adicionais. Após a comercialização, o dispositivo DROWZLE liberado pela FDA será distintamente classificado para diferenciá-lo da atual plataforma DROWZLE Sleep Health orientada para o consumidor.

O software DROWZLE coleta dados de sintomas para o risco de apneia do sono, incluindo a gravidade da sonolência diurna e os fatores de risco para doenças crônicas pessoais. DROWZLE também registra os padrões de respiração do sono e envia os arquivos de som para proteger os servidores na nuvem para que algoritmos proprietários analisem os resultados. Juntamente com os dados do perfil, isso ajuda os provedores a medir e monitorar os riscos à saúde dos distúrbios do sono ao longo do tempo. Os relatórios compatíveis com HIPAA são gerados e fornecidos ao indivíduo e ao seu provedor de serviços de saúde por meio do aplicativo móvel e do e-mail seguro e criptografado.

"Distúrbios respiratórios do sono são comuns, caros, perigosos e muitas vezes pioram outras condições de saúde, como diabetes, doenças cardíacas, obesidade e depressão", reconheceu Ruchir Sehra, MD, CEO e co-fundador da Resonea. "Embora a conscientização dos consumidores sobre a apneia do sono tenha aumentado, a maioria dos pacientes com AOS ainda não sabe que eles têm a doença. Nossa sociedade não progrediu adequadamente ajudando as pessoas a entender seu risco de AOS ou motivando as pessoas em risco a procurar atendimento adequado. A tecnologia DROWZLE torna a triagem domiciliar de adultos com possíveis distúrbios respiratórios do sono muito mais fácil ".

Karen Underwood, MD, Chief Medical Officer e co-fundador da empresa, disse: "O que é único sobre DROWZLE é que ele pode realizar triagem em casa sem sensores ligados ao corpo. A facilidade de uso e conveniência pode reduzir os principais obstáculos A DROWZLE também fornece conteúdo educativo e motivacional para ajudar a estimular aqueles que correm risco de ver o seu provedor para o tratamento e acompanhamento recomendados. O aumento da acessibilidade ao rastreamento pode resultar em mais pessoas recebendo cuidados médicos. "

Em um estudo aprovado pelo IRB de 242 indivíduos submetidos à polissonografia (PSG) clinicamente indicada em laboratórios do sono, com dados de respiração do sono coletados simultaneamente em smartphones, o algoritmo DROWZLE foi testado contra os resultados da PSG, proporcionando uma sensibilidade de 93,7% para detectar pessoas com e OSA grave. A inclusão de questionários de risco de apneia do sono validados reforça a eficácia, reduzindo ainda mais o potencial para resultados falsos negativos.


Cada órgão do corpo humano tem o seu ritmo circadiano

Um estudo conjunto da Universidade da Califórnia, nos EUA, e do Instituto de Pesquisa em Biomedicina de Barcelona, ​​na Espanha, sugere que os órgãos do corpo humano têm também o seu ritmo biológico interno, que funciona independentemente do relógio biológico central que existe no cérebro, no hipotálamo. Assim, a privação do sono, os horários desregulados, a exposição nocturna e excessiva à luminosidade dos dispositivos eletrônicos, podem ter consequências ao nível, por exemplo, da saúde do fígado.       

O estudo, publicado nesse ano de 2019, na revista Cell, utilizou ratinhos criados especialmente para analisar a rede de relógios internos que regulam o metabolismo. Os investigadores conseguiram “desligar” todos os relógios corporais dos ratinhos, incluindo o relógio central do cérebro, menos o do fígado e da pele, e através de alterações no ambiente (por exemplo, exposição à luz) apuraram que o fígado dos ratinhos respondia a estas mudanças, detectando que horas eram e mantendo funções críticas, como preparar a digestão na hora da refeição e converter a glicose em energia. O relógio circadiano do fígado nos ratinhos era capaz de detectar a luz, presumivelmente por meio de sinais de outros órgãos. Somente quando os ratinhos foram submetidos a escuridão constante, o seu relógio do fígado parou de funcionar.

Recorde-se que em 2017 três cientistas ganharam o Prémio Nobel da Medicina com uma investigação sobre os mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano. 


Novidade no Tratamento da Sonolência Excessiva

Sunosi é a primeiro inibidor dual da recaptação da dopamina e norepinefrina aprovada pelo FDA, em março de 2019, para melhorar a vigília nos adultos que vivem com sonolência excessiva diurna associada à Narcolepsia e Apneia Obstrutiva do Sono t

Médico de Trump fala do seu sono 

O médico do presidente norte-americano, Donald Trump, Ronny Jackson, disse no mês passado à comunicação social, por ocasião do seu relatório médico anual, que Trump fica bem com cerca de quatro ou cinco horas por noite porque “é uma das poucas pessoas no mundo que precisa dormir pouco, que tem um sono curto.”

Recorde-se que Trump disse aos jornalistas durante a campanha eleitoral de 2016 “que não dormia muito, apenas três, quatro horas. Durante a noite gosto de estar on line, escrever tweets, enviar mensagens”, disse o então candidato republicano à Casa Branca.  

A chamada “elite sem sono”, que precisa apenas de uma pequena quantidade de sono todas as noites, em vez da média de sete a oito horas que as pessoas comuns necessitam, representa segundo os cientistas cerca de 1% da população mundial.

Segundo alguns estudos, estas pessoas com “sono curto” tendem a acordar cedo, mesmo nas férias e fins-de-semana, a serem mais optimistas e mais ativos fisicamente. Muitos referem que nem precisam de café para se sentirem enérgicos.     


Siesta entre dois vôos

A Minutes Suites é uma das muitas empresas que oferecem um lugar para tirar uma sesta ou descansar em aeroportos ao redor do mundo. A ideia não é nova. No Japão existem hotéis “cápsulas” há vários anos. Mas nos aeroportos, Abu Dhabi foi o primeiro a lançar pequenos pods futuristas (gosleep.com) em 2013.

A ideia decolou e, hoje, de acordo com um relatório da empresa de análise Technavio, 46,67% dois aeroportos mais movimentados do mundo oferecem alguma opção, e está previsto um crescimento de 6,39% nos próximos 3 anos.

As tarifas do serviço, a partir de US$ 5,00, variam dependendo das características das cápsulas de sono, do tamanho e do tempo de uso. A oferta varia desde poltronas reclináveis e cabines minúsculas como as Napcabs (napcapbs.com) nos aeroportos de Berlim e Munique, até as cabines dos mini-hotéis Yotelair (yotel.com) nos aeroportos de Londres, Amsterdã e Paris que incluem duchas e bebidas quentes e onde se pode passar a noite. Na cidade do México, as cápsulas Izzzleep (izzzleep.com) permitem dormir de uma hora  a uma noite.

No Brasil o aeroporto de Campinas (Viracopos) possui o chamado Siesta Box com ótimo espaço e conforto a partir de U$15,00


Listamos aqui a palavra sono em diversos idiomas. Ficaram de fora aqueles nos quais a palavra é representada por símbolos, como o chinês, o japonês, etc.

Slaap – Afrikaans
Gjumë – Albanês
Schlaf – Alemão
Lo – Basco
Сон – Bielorusso
San – Bósnio
Somni – Catalão
Spánek – Checo
Tulo – Chichewa
San – Croata
Xew – Curdo
Søvn – Dinamarquês
Spánok – Eslovaco
Sueño – Espanhol
Dormo – Esperanto
Uni – Estónio
Pagtulog – Filipino
Uni – Finlandês
Sommeil – Sono
Sliep – Frísio
Sono – Galego
Cysgu – Galês
Ύπνος – Grego
Slaap – Holandês
Alvás – Húngaro
ụra – Ibo
Tidur – Indonésio
Sleep – inglês
Codladh – Irlandês
Svefn – Islandês
Sonno – italiano
Turu – Javanês
Somnum – latim
Miegs – Letão
Miegas – Lituano
Schlof – luxemburguês
Сон – Macedónio
Tidur – Malaio
Torimaso – Malgaxe
Irqad – Maltês
Moe – Maori
Søvn – Noruegês
Sen – Polaco
Sono – Português
Сону —  Quirguistanês
Somn – Romeno
Сон – Russo
Moe – Samoano
сан – Sérvio
Boroko bo – Sesotho
Hurdo – Somali
Usingizi — Suaíli
Sare – Sudanês
Sömn – Sueco
Uyku – Turco
Сон – Ucraniano
Urdu – نیند
Uyqu – Usbeque
Uyqu – Vietnamita
Ukulala – Xhosa
Ubuthongo – Zulu

Sono em diversos idiomas


Não existe um tempo obrigatório para se dormir, pois a necessidade é individual. Existem pessoas que necessitam de mais horas de sono do que outras. Entretanto, a média da população em geral é de 7,5 a 8,5 horas de sono. O importante não é apenas a quantidade de sono, mas também a qualidade, a busca de um sono reparador.

Quantas horas precisamos dormir?


É o sono que nos permite a sensação do acordar bem disposto, sem dificuldade e sem que tenhamos sonolência durante o dia.

O que é um sono reparador?


Os sonhos, em sua maioria, representam as situações vividas no dia anterior e ocorrem de forma mais predominante durante a fase de sono REM (90% dos casos); entretanto, também sonhamos durante o estágio 2 do sono. Geralmente lembramos dos sonhos próximos do despertar ou quando somos acordados durante o sono REM.

O que dizer sobre os sonhos?


O sono é dividido em sono REM e sono não REM (NREM). O sono NREM é dividido em 3 estágios: estágios N1 e N2 compõem o sono superficial; o estágio N3 é denominado sono de ondas lentas, sono delta ou sono profundo. A cada noite de sono passamos por cerca de 4 ciclos de sono, com duração aproximada de 60 a 90 minutos cada ciclo.

O que é um sono normal?


O sono é tão importante como a alimentação diária, pois enquanto dormimos, o organismo produz várias substâncias importantes para o funcionamento do nosso corpo. Podemos citar como exemplo, o hormônio do crescimento, que é produzido durante estágios 3 e 4 de sono.

Qual a importância do sono?


Existe sim e depende da gravidade da doença detectada pela Polissonografia. Se a doença for leve, o tratamento consistirá em medidas conservadoras como Regras de Higiene do Sono, perda de peso (em caso de peso excessivo), alterações posturais, fisioterapia com fonoaudióloga e uso de alguns medicamentos, cirurgia e aparelhos orais avançadores de mandíbula. Nas formas moderada e grave, o leque de opções inclui aparelhos intra-orais avançadores de mandíbulas e outro aparelho chamado CPAP (Pressão Positiva Contínua de Ar). Este aparelho adaptado a uma máscara nasal ou facial permite que o indivíduo mantenha as vias aéreas desobstruídas durante o sono.

Existe tratamento para a Apnéia do Sono?


Não, a obesidade atua como um fator agravante no ronco, que pode diminuir com a perda de peso, entretanto o ronco acontece em indíviduos magros também.

Só ronca quem é obeso?


O ronco predomina nos homens, no entanto as mulheres quando entram no período da menopausa, passam a roncar com mais freqüência. Acredita-se que, neste período, as mulheres perdem a proteção hormonal que existe antes da menopausa. A distribuição da gordura corporal dos homens favorece a maior prevalência desse sintoma

O ronco só acontece com homens?


É o exame utilizado para diagnóstico dos Distúrbios de Sono. O paciente passa uma noite no Laboratório do Sono (hospital ou clínica), que é um local próprio para a realização desse exame, onde será feito o registro simultâneo de múltiplas variáveis como a atividade respiratória, atividade cardíaca, atividade cerebral, atividade ocular, atividade muscular, etc.

O que é a Polissonografia e como é feita?


Existem controvérsias sobre quais alterações do sono do idoso são fisiológicas e quais estão ligadas a doenças que aparecem na idade avançada. As pessoas idosas normalmente dormem mais cedo e acordam mais cedo, têm um sono mais superficial e há uma redução importante do hormônio melatonina. A melhor forma de avaliar o sono em idosos é através de uma consulta com um médico especialista.

Sobre o sono e o envelhecimento


Questionário online para saber seu cronotipo e jet lag social

O CENC,  Centro de Medicina do Sono, e o ISAMB, Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa são as entidades responsáveis por um estudo, já realizado em diversos países do mundo e neste momento a decorrer em Portugal,  para calcular o “cronotipo” dos Portugueses ,ou seja, o ritmo circadiano interno (relógio biológico). Este influencia o ciclo de sono e a atividade durante as 24 horas do dia. A equipe científica, responsável pelo estudo e questionário, é constituída por Teresa Paiva, neurologista e especialista em medicina do sono, e Cátia Reis, cronobióloga.

Podem responder ao questionário on line todas as pessoas com mais de 10 anos de idade.

A resposta ao questionário permitirá ainda calcular o “jetlag social”, ou seja, a falta de sono (dívida de sono) que é acumulada ao longo de uma  semana de trabalho. A recolha destes  dados é extremamente importante pois permitir-nos-á perceber os hábitos de sono dos portugueses. Posteriormente poderão vir a ser criadas campanhas de sensibilização, alertando a população em geral para a importância do sono na melhoria da sua qualidade de vida e saúde. Os indicadores que temos neste momento são de que efetivamente andamos a dormir muito pouco, sendo nefastas as consequências para a nossa saúde. Daí a importância da recolha destes dados.

O questionário “online”, demora cerca de 5 minutos a ser respondido. O mesmo é composto por questões relacionadas com os hábitos de sono nos dias de trabalho e nos dias de folga. No caso de o questionário estar a ser respondido por uma criança (mais de 10 anos), quando é mencionado TRABALHO a questão refere-se à escola e aos seus horários, pois para efeitos de resposta a escola e os horários escolares contam como “trabalho” e “horário de trabalho”.

Quando terminar o questionário irá saber qual o seu “cronotipo” e “jetlag social”, comparativamente com a restante população.

Link para resposta ao questionário:

https://humansleepproject.org/pt/mctq/mctq-regular

Muito obrigada pela sua colaboração!

 


Sono em Idosos e o papel do exercício

Um estudo de sono em idosos (Edinger et al), envolvendo 24 participantes com idades entre os 60 e os 72 anos, revelou que o exercício aeróbico melhorava a latência do sono, os microdespertares e a eficiência do sono. Outro estudo (Tanaka et al), acompanhou o sono de seis idosos durante quatro semanas. Estes fizeram sestas todos os dias entre as 13 e as 15 horas. Às 17 horas realizaram exercícios físicos de intensidade moderada durante 30 minutos. Verificou-se que os participantes tiveram melhor eficiência do sono e diminuição da vigília durante  a noite.  


DIVÓRCIO DO SONO

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