O terror noturno acomete 3% das crianças e tem um importante componente familiar. Ocorre com maior freqüência entre 5 e 7 anos de idade. A ocorrência diminui com a idade, sendo que menos de 1% dos adultos apresentam este distúrbio do sono. Caracteriza-se por súbito alerta a partir de um sono de ondas lentas com um grito penetrante acompanhado por manifestações autônomas e comportamentais de medo intenso.

Os terrores noturnos manifestam-se com descarga autônoma severa – taquicardia, taquipnéia, rubor da pele, diaforese, midríase, diminuição da resistência da pele e aumento do tono muscular. O paciente geralmente se senta na cama, fica não-responsivo a estímulos exteriores e, se acordado, está confuso e desorientado. Ocorre amnésia para o episódio, embora algumas vezes haja relatos de fragmentos de imagens oníricas vívidas muito breves ou alucinações. O episódio pode ser acompanhado por vocalizações incoerentes ou micção.

Os ataques duram de 30 segundos a 5 minutos, sendo raramente mais longos. As crianças voltam a dormir em seguida. 

Terror Noturno


Alguns episódios podem estar relacionados com estado febril. Tais ataques de terror noturno tendem a ocorrer no início da noite, fato que pode ajudar na diferenciação com pesadelos que ocorrem na final da noite de sono.

Causas


O tratamento é feito em geral com antidepressivos tricíclicos e/ou benzodiazepínicos, resolvendo a imensa maioria dos casos.

Tratamento